Não existe uma regra sobre o momento exato em que vai nascer os primeiros dentinhos do seu filho. Veja como amenizar o desconforto que eles podem causar
Dra.Marta Haddad
Uma das maiores dúvidas dos pais é a época certa do nascimento dos primeiros dentes de seus filhos. Se você pesquisar na internet ou mesmo em livros, haverá sempre uma tabelinha que pode, em vez de ajudar, alarmar mais ainda quem tem filhos com dentinhos “preguiçosos”. Não é que devemos condená-las, as tabelas são apenas estimativas aproximadas, e não regras.
O desenvolvimento de cada criança depende da genética, alimentação, hábitos, história clínica. São tantos fatores que não existe idade certa nem para início nem fim da fase de troca de dentição. Por isso, não fique impressionada se metade dos bebês do playground sorrirem cheio de dentes e o seu estiver ainda “banguelíssimo”. Não tenha pressa, tudo vem a seu tempo.
Para alguns bebês, a chegada dos dentes é extremamente tranquila. Quando você se dá conta já estão lá como mágica, de uma hora para a outra. Para outros, é um desconforto sem limites, com direito a lágrimas, noites maldormidas, coceira insuportável, gengiva mais espessa, bem vermelha e muita baba. Isso tudo é resultado da pressão exercida contra o tecido das gengivas à medida que a coroa do dente rompe as membranas. A mãe adepta da homeopatia pode fazer uso da “Chamomilla” ou “Calcarea carbonica”, dependendo da recomendação do médico.
A mãe que segue outros métodos deve oferecer ao bebê algo duro para massagear as gengivas, como mordedores à base de gel, que podem ser mantidos em geladeira e usados no momento em que o incômodo começar. O frio provoca uma sensação anestésica local, aliviando a dor. Nos casos em que a irritação da gengiva dificulta a alimentação do bebê, um anestésico tópico pode ser utilizado na gengiva inflamada, mas só com autorização prévia do seu pediatra.
O bom é que essa fase vai passar! O importante é ficar calma, para que você possa estar preparada para enfrentar esse momento com seu bebê da melhor maneira possível. Boa sorte!
*** A Dra. Marta Haddad é odontopediatra e mãe de Marcela, 12 anos. Ela responde às dúvidas dos internautas sobre a saúde bucal das crianças***