Contra ou a favor?
(Fotos: Reprodução/Montagem)
Que os itens feitos com pele são tendência, isso ninguém pode negar. Tanto na Europa, onde o inverno é mais intenso, quanto no Brasil, as peles têm sido um grande diferencial no look das fashionistas, seja em grandes casacos ou só nos pequenos detalhes, como nos ombros, bolsas e sapatos.
Está certo que muitas mulheres optam pelas fakes, mas o uso das peles originais gerou uma grande polêmica e causou a fúria dos ativistas pelos direitos dos animais. Nesse caso a pergunta que fica é: você é a favor ou contra o uso de peles?
Por conta dessa tendência polêmica diversas grifes foram alvo de críticas, e a Arezzo, por exemplo, que ficou durante vários dias seguidos sendo perseguida pelos usuários do Twitter, que a colocaram no trend topics, acabou recolhendo toda sua coleção de inverno, que tinha como detalhe principal as peles, das lojas.
Outra grife que teve prejuízo com a história do uso de peles foi a M. Officer, que também entrou para o ranking de assuntos mais comentados do twitter por conta de sua coleção feita com pele de coelho. Depois disso, em um ciclo de palestras em Florianópolis, Carlos Miele, presidente da marca, ainda teria se declarado a favor do uso de peles de animais de cativeiro. O que causou ainda mais protestos.
Mas, a M. Officer se redimiu durante essa semana através de um comunicado. Confira:
"O fundamental em uma democracia é que todos tenham o direito de expressar suas opiniões, sem que elas sejam manipuladas ou descontextualizadas.
Na nossa opinião é preciso ter leis mais rígidas e um controle mais eficaz para certificarem que o abate seja feito apenas para o consumo da carne. A pele do boi, do peixe, do coelho só deveria ser obtida como subproduto da produção da carne, que é melhor ser utilizado do que desperdiçado. Outros subprodutos de origem animal e que não são usados para a alimentação ou vestuário, deveriam ser utilizados por outras indústrias. “Atualmente os produtores abatem o animal e descartam a pele. Isso é errado, o objetivo é industrializar a pele”, comenta Amauri da Silva, diretor da FEI (Fazenda Experimental de Iguatemi), da Universidade Estadual de Maringá (UEM), em matéria publicada pelo Diário Maringá.
Somos absolutamente contra qualquer tipo de maus-tratos aos animais e apoiamos incondicionalmente qualquer solução inteligente, mudanças, leis e órgãos oficiais de controle para as questões que afligem o meio-ambiente e a vida no planeta.
Pedimos que qualquer pessoa que venha a reproduzir essas palavras faça isso as preservando na íntegra desse texto, sem que elas sejam descontextualizadas e utilizadas para a manipulação de pessoas desinformadas. Essa é uma atitude que só atrapalha o amadurecimento da discussão sobre novas idéias e propostas e, com isso, os maiores prejudicados são os animais."